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Entidades pró-Ficha Limpa lamentam
anulação, mas lembram que lei vale em 2012
Movimento de combate à corrupção e OAB evitam criticar liberação de fichas-sujas em 2010
Duas das principais entidades que lutaram pela aprovação da Ficha Limpa lamentaram nesta quinta-feira (24) a anulação dos efeitos da lei para as eleições de 2010. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem que as candidaturas de políticos condenados na Justiça em decisão colegiada [de mais de um juiz] só serão barradas em 2012.
O presidente do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) e representante nacional dos juízes e promotores eleitorais, Márlon Jacinto Reis, disse que respeita a decisão, mas que o importante é a validade futura da lei.
- Nós lamentamos, mas respeitamos a decisão e continuamos mobilizados pela reforma política. E a lei está em vigor e vai ser aplicada a partir de agora.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se posicionou de forma quase idêntica. O presidente da entidade, Ophir Cavalcante, reconheceu que a decisão seguiu um critério técnico (de que qualquer mudança no processo eleitoral tem que ser aprovada um ano antes do pleito).
Tiririca vai a reunião na Câmara
e diz ser a “bola do momento”
Na primeira fila da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, um parlamentar atento, porém visivelmente deslocado, assistiu à primeira audiência do Ministro da Educação, Fernando Haddad, ao grupo. O deputado Francisco Everardo, o Tiririca (PDT-SP), participou na quarta-feira (23) de uma reunião da comissão e rebateu as críticas à sua indicação dizendo que o “falatório” se deve ao fato de ele ser a “bola do momento”.
Após a audiência, Tiririca conversou com o R7 e falou sobre sua breve carreira política. Ainda mais conhecido por sua trajetória artística, atendeu a pedidos de fotos com funcionários da Câmara e disse estar se acostumado com a linguagem parlamentar.
Para o deputado, as críticas viriam independentemente da comissão que resolvesse participar.
Tiririca foi bastante criticado quando assumiu uma vaga na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. Isso porque a diplomação do deputado mais votado do Brasil foi ameaçada por suspeita de falsificação na declaração de escolaridade apresentada à Justiça Eleitoral. O artista teve de provar que não era analfabeto por meio de um teste no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral).
A presença do ministro da Educação na audiência desta quarta-feira representou o início dos trabalhos do grupo. Haddad foi convidado para falar sobre o PNE (Plano Nacional de Educação), projeto de lei encaminhado pelo Executivo no fim do ano passado que estabelece metas educacionais a serem atingidas na próxima década.